Na solidão, enquanto o mundo inteiro celebra suas maravilhas e almas caridosas te convidam para participar, vem o pensamento de que estar lá seria um atentado contra o indizível, como forjar um significado para o que parece não ter significado e estragar a festa.
Aquele acontecimento, o ritual das vidas que tocavam a cena, estava lá visível a poucos metros, do parapeito da ponte até a altura que se acaba no lixo e no movimento reciclável das mentes que andam, param e guiam carros que queimam fósseis.
Dos estados do país, talvez Minas Gerais seja o que melhor simboliza a aspiração não concretizada da nação tupiniquim. Entre o norte e o sul, onde tudo é meio assim, meio rural, outro tanto urbano, com uma pedra no meio do caminho, no meio de montanhas, meio perto do litoral, alguns habitantes exibem com soberba o que chamam de mineiridade, essa fábula do meio termo, do que não é bom, não é mau, apenas mineiro.