Queria partir para os confins, para longe de qualquer lugar, embrenhar nas origens daquele delírio, mergulhar no silêncio, com a impressão pura como o nada, alheia da realidade circundante.
Queria voltar para a borda, com os olhos cegos de uma luminosidade inesperada. Abrir-me para um mundo cheio de muitos, cheio de mim. Aceitar o vazio e um novo mergulho.
Dos estados do país, talvez Minas Gerais seja o que melhor simboliza a aspiração não concretizada da nação tupiniquim. Entre o norte e o sul, onde tudo é meio assim, meio rural, outro tanto urbano, com uma pedra no meio do caminho, no meio de montanhas, meio perto do litoral, alguns habitantes exibem com soberba o que chamam de mineiridade, essa fábula do meio termo, do que não é bom, não é mau, apenas mineiro.
Um comentário:
Queria voltar para a borda, com os olhos cegos de uma luminosidade inesperada. Abrir-me para um mundo cheio de muitos, cheio de mim. Aceitar o vazio e um novo mergulho.
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