Somba: o retorno



Numa segunda-feira típica, pouco antes das 22 horas, o Somba subiu uma vez mais aos palcos daqui do Arraial. Um retorno esperado, maturado e especulado por longos e intermináveis dois anos. Uns 60 sortudos tiveram o privilégio de conhecer o “recheio da bolacha” do novíssimo e não oficialmente lançado álbum “Cuma?”.


O quarteto apresentou a versão beta do que virá ser o lançamento de “Cuma?”. Com uma complexa e enigmática parafernália tecnológica e um profundo senso de experimentalismo, o Somba deu forma a 13 canções que fundem os territórios do erudito e do popular, que celebram com humor e sem afetação o retorno do promissor laboratório sonoro iniciado anos antes, ao fim do último século. A atmosfera é francamente psicodélica.

Estilo? Ao modo da tradição sômbica, a banda se apropriou dos mais variados ritmos e modalidades musicais e concebeu um conjunto de canções muito particulares entre si. Ainda mais experimental do que “Clube da Esquina dos Aflitos”, “Cuma?” vem de um Somba motivado não apenas pelo experimento das sonoridades, mas pela experimentação estética na amplitude do termo, do estudo das possibilidades técnicas da mediação do analógico pelo digital, do turbilhão sensorial que é fazer música para que ela soe como magia.

Um comentário:

Anônimo disse...

Que eu saiba, não era a banda Versão Beta? Aliás, muito ruinzinha!!!